quinta-feira, 15 de julho de 2010
Em Brasília 19 horas
domingo, 6 de junho de 2010
0800
É difícil quanto acreditar que há sempre um lado que pese e um outro lado que flutua
sábado, 5 de junho de 2010
Com-sequências da queda
Tive a inexata noção do meu sofrimento hoje. Imagine-se ao lado da pessoa que te deixaria escolher por você mesmo trocar tudo que sublimemente te faz feliz, pra ficar ali com ela, tocando seus cílios no rosto dela. Trocar a temperatura da chuva pelo cheiro de seu cabelo. Trocar o vento cortante de inverno, pela fração de segundo em que ela contempla naturalmente uma situação inocente, e que te deixa bobo. Trocar a vida lá fora pra sentir o abraço que te protege física e espiritualmente, até das causas genéticas psicológicas de tudo o que voce carrega por dentro e de tudo o que passa nos telejornais. Imagine como seria..
Agora imagine cultivá-la, sem egoísmo, estresse, rispidez.
Agora, imagine perdê-la.
Há muito o que aprender antes que essa pessoa surja mais uma vez, e dure mais do que pouco menos de 1 ano. Amar alguém assim, é diferente de ser mãe, penso eu. Sempre tem pra onde correr. Se não é você quem corre, ela o faz. Se despede e sai de dentro de você pela portinhola que você ainda não percebera que tinha. Na verdade você sai de dentro dela sem querer sair. Ela permanece em você sem querer ficar.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Desperta-dor
Traga devolta o oposto desse vazio, me traz teus armários abertos,
que encerrarei meus olhos cegos, fuso horário do Amapá.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Vicissitudes
Percebo-a também como dádiva: tenho aprendido, diariamente, que ela é frágil e, acima de tudo, finita. Isso faz com que eu busque respeitá-la, apreciá-la e cuidá-la e, nessa medida, dedicar-me a ela, vivendo-a como se vive um grande amor: Buscando o prazer máximo do encontro." (G. Bartucci)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Na corda do violão
Viver é algo que me impressiona e me assusta. A mistura entre o belo e o disforme, entre o alívio e a aflição. A experiência de ser humano me amedronta e me afasta, mas me enche os olhos. Queria ser humano por décadas, atravessar os ciclos cósmicos aprendendo que ser, e estar, seriam condições passageiras, e que o amargor da saliva esquecida é fato probatório. Eu queria tanta coisa, e não queria nada. São variantes não matemáticas que me dão vertigem, tamanha sua vastidão. Eu queria hoje abraçar você, ouvir teu sangue correr nos braços firmes que me seguraram com tanta leveza, e me firmar na segurança que eu mesmo criei estando com você. Penso que querer é a estimativa cruel que crio ao bel prazer do meu egoísmo, mas ainda assim quero, e ao mesmo tempo desprezo minha própria vontade.
Ser feliz devia ser item de fábrica. Permanente.